terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Uruguay de Bike - parte 2

Iniciando o ano com o Pedal direito – Uruguay de Bike – Parte 2



Foram 3 dias explorando, e não foram suficientes para conhecer todo o parque Santa Teresa.
Logo após a primeira noite tomamos um bom café da manhã em nosso acampamento e já saímos com as bikes, mas desta vez sem alforges, capacetes, luvas, sapatilhas, etc, no lugar de todas estes equipamentos que sempre utilizamos na estrada, apenas roupas de banho, chinelo, chapéu e óculos de sol. Pedalávamos passeando pelo parque, sentindo a brisa em todo corpo, a nossa única preocupação era escolher para que praia iríamos.

A praia escolhida inicialmente foi a Las Achiras. Um belo visual, sem construções, com a vegetação chegando até a areia.

Uma praia com águas azuis sem muita aglomeração de pessoas na areia e principalmente sem vendedores ambulantes, sem barzinhos, sem som alto.

Muito bom! Após nossa breve parada na praia seguimos pedalando e conhecendo o parque. Fomos ver como era a badaladíssima La Moza, praia localizada na extremidade norte do parque, mais uma praia muito linda, mas talvez por ter mais gente não nos encantou a ponto de irmos a praia. Ficamos curtindo a bela paisagem.

De lá seguimos para Punta del Barco onde tem um mirante para observação de baleias, esta é a penúltima praia do parque na direção sul, depois dela vem a Playa Grande.
Estas duas são as mais distantes e com isto bem mais vazias. Sendo que a ultima estava praticamente deserta. Deixamos as bikes e seguimos pela areia até este mirante de baleias, o vento sul estava forte, tranquilamente acima dos 30 nós. Ficamos ali por alguns instantes admirando a paisagem, o mar agitado, o vento sul soprando e imaginando como deveria estar bom para quem pudesse estar velejando em direção ao Brasil.

Ficamos o tempo que agüentamos, na volta, caminhando pela areia nossas pernas eram açoitadas pela areia atirada pelo vento.

Depois seguimos para a Fortaleza de Santa Teresa, esta é uma fortificação erguida inicialmente por portugueses em 1762, ainda em construção em 1763 foi tomada pelos espanhóis. Mais adiante chegou a ser tomada inclusive por brasileiros, e desde 1828 quando a fronteira entre Brasil e Uruguay foi fixada ao arroio Chuí, ali ficou definitivamente sendo território Uruguaio.

A imponência da Fortaleza é impressionante, com paredes de mais de 1m de largura, construídas em granito que estão cobertos por liquens amarelados ressaltam ainda mais esta bela construção.

Passando pela Ruta 9, principal ligação entre Chuí e Montevidéu impossível não perceber, a enorme construção com paredes amareladas em contraste com o verde da vegetação.

Depois de um dia cheio voltamos no final da tarde para nosso acampamento, que era tomado pelo cheiro de fumaça de lenha queimando nos outros acampamentos, costume dos uruguaios, que todos dias no final da tarde e noite a dentro eles repetem como se fosse um ritual e fazem suas Parrillas. As estruturas dos campistas uruguaios é impressionante, e não é de hoje. São equipados desde uma simples mesa a armários, suspensos, duchas, e até banheiros, mas não é nada improvisado, tudo feito com equipamentos específicos para camping mesmo. Pessoas assim que dissemos que são verdadeiros campistas, que acampam porque gostam. Estes acampam para estarem em um contato mais próximo com a natureza, para fazerem amigos. Nestes acampamentos são feitas tantas amizades e turmas que muitas famílias  acabam se encontrando anualmente neste tão esperado momento de férias, como se fosse a turma de amigos da praia.


Não tivemos como resistir, e entrando no clima uruguaio também aderimos ao ritual das Parrillas ao fim do dia, regado com algumas Patrícias e fomos noite a dentro conversando e fazendo planos para os próximos dias da viagem à luz da fogueira e de nosso lampião.
Decidimos então no dia seguinte visitar Punta del Diablo, uma pequena vila de pescadores que expandiu muito nos últimos anos devido ao crescente turismo.







Voltamos ao parque Santa Teresa no meio da tarde para conhecermos um pouco mais dele, visitando o invernáculo e a capatazia.

No final da tarde chegamos ao acampamento onde iniciamos a organizar as coisas para no dia seguinte pela manhã pegar a estrada novamente desta vez em direção a La Paloma, distante aproximadamente 110km mais ao sul.



Estávamos ansiosos em seguir nossa viagem, a estadia no Santa Teresa estava ótima, vale a pena uma viagem exclusiva para lá, para apenas aproveitar todo o parque suas praias e matas, fica para próxima.

Desta vez nossa proposta era outra, era pegar estrada e pedalar, já estávamos a muito tempo ali e estávamos angustiados com isto. Mas foi tudo na medida certa, que venham os próximos quilômetros.























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