Então o Erich, meu irmão convidou-nos para participar de uma corrida
de aventura, e era obrigatório para participar ter uma mulher na equipe, bem a
Maxi foi a escolhida e por isso, tínhamos que treiná-la.
Nossos treinos foram intensos nos seis meses que antecederam a prova,
diariamente acordávamos às 6h e pedalávamos 1h, na III perimetral em construção,
nos finais de semana ou íamos até a fruteira do Kiko no Lami, ou pedalávamos em
Santa Cruz, Vera Cruz e interior dessa região daí na companhia do Erich. Também
fizemos treinos em Canela, Gramado e Três Coroas, por estradas de chão e
asfalto para nos identificarmos com o terreno.
Na corrida de aventura foram programadas diversas modalidades:
bicicleta, corrida, rapel e bóia cros, além é claro da orientação, como de
costume numa prova destas, a equipe toda precisa completar todas essas
atividades juntos.
Chegada a véspera do dia da corrida treinamentos da equipe
finalizados, material em ordem, alimentação conferida, recebemos a notícia que um
dos membros da equipe, que havia treinado conosco, teve de se ausentar da prova
por um problema de saúde de seu filho. Conseguimos contato com outro amigo e
fomos para Gramado com esse novo integrante da equipe.
Todos nós havíamos nos preparado muito para pedalar, o engraçado foi
que eram curtos os trajetos de pedal na prova, foram dois trechos um de
aproximadamente 20km e outro de 30km, mas eram por trilhas e estradas de chão.
Quando percebemos que não estávamos prontos para todas as modalidades passamos
a nos divertir e observar a paisagem, já que competir estava longe dos nossos
planos, condicionamento físico e mental.
No percurso fizemos um rappel de aproximadamente 30m, que foi feito em
duplas. A Maxi e o Erich fizeram o primeiro, neste trecho encontrei o meu amigo
escoteiro Leo Sassem que estava gravando o programa Adrenalina.
Depois desse rapel corremos/caminhamos em cima do aquaduto por uns 8km
vista linda, mas por horas bem nas alturas!
Saindo desse Aquaduto descia-se um antigo trilho de trem numa descida
interminável e dolorosa, era íngreme e já as forças estavam no fim.
O segundo rappel era direto na água, este deveria ser feito pela outra
dupla, pegava-se as bóias para descer o rio Paranhana, bem nesse momento a Maxi
desistiu da prova e o companheiro de equipe resolveu não deixá-la sozinha, e se
foram pela trilha caminhando até o local onde estavam as bicicletas.
Eu e o Erich seguimos no bóia cros, chegando no Parque das Laranjeiras
em Três Coroas, pedimos para retirarem nossas 4 bicicletas do caminhão, e fomos
plantar cada um uma árvore que fora mais uma tarefa da corrida de aventura,
visando reflorestar a mata ciliar do Vale do Paranhana. Bikes retiradas do
caminhão, passado alguns instantes de descanso repensamos. . . fizemos cálculos,
pois estávamos a 8 horas na prova e faltavam ainda 30km lomba acima até Canela,
por estrada de chão, sendo que os primeiros colocados finalizaram a prova em
3horas, foi então que pedimos para recolocarem as bikes no caminhão e sim
desistimos e voltamos com os outros muitos que estavam no ônibus!
Depois disso seguimos pedalando em Porto Alegre ou em Santa Catarina
nas férias, competição realmente não é nossa onda! Nosso objetivo é pedalar e
chegar em lugares diferentes com a autonomia que a bicicleta nos dá, competição
não é para nós cicloturistas.
Aproveitamos mesmo foram os treinos que antecederam essa prova!
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